Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AFONSO LOPES VIEIRA

(  Portugal   )

 

Afonso Lopes Vieira GOSE (Leiria, Leiria, 26 de janeiro de 1878[1] — Lisboa, 25 de janeiro de 1946) foi um poeta português.

 

Natural de Leiria, nasceu a 26 de janeiro de 1878 numa casa na Rua antiga da Graça, sendo batizado no mesmo dia, filho de Afonso Xavier Lopes Vieira (Leiria, Cortes, Cortes, 1 de dezembro de 1849, bap. 15 - Leiria, Cortes, Cortes, 28 de dezembro de 1932), primo em segundo grau do 1.º Visconde de São Sebastião, que iniciou os seus estudos na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1869, fez o exame do 3.° ano a 27 de maio de 1872 com distinção e accessit, e os exames do 4.° ano e de graduação como Bacharel com distinção e accessit a 15 de julho de 1873, e de sua mulher (Leiria, Cortes, Cortes, 25 de novembro de 1875) Mariana Lopes de Azevedo (Leiria, Cortes, Abadia, 1 de agosto de 1847 - ?), neta materna dum primo-irmão do 1.° Visconde de São Sebastião.

Feitos os estudos primários e liceais naquela cidade, onde seus pais, em 1884, haviam fixado residência no Largo da Rosa, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1894, fez o exame do 3.º ano simpliciter a 8 de junho de 1898, efectuou o exame do 4.° ano a 3 de junho de 1899 e formou-se como Bacharel a 5 de junho de 1900. Sobre o seu percurso universitário viria a revelar, anos depois, ter sido «o mesmo aluno medíocre que já fora no curso dos liceus»[2]. Aqui iniciou a sua actividade literária, publicando as obras em verso "Para Quê?" (1897) e "Náufrago - versos lusitanos" (1899).

(...)

Faleceu em Lisboa, no Largo da Rosa, 25 - 1.°, a 25 de janeiro de 1946.

Ver extensa biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Lopes_Vieira

 

 

CANTARES DOS BÚZIOS

Nunca como em Veneza
adoro a nossa pobreza
portuguesa;
as nossas casas caiadas,
as nossas praias salgadas,
os burricos berberes,
e na Batalha de pedras douradas
a saia pela cabeça das mulheres.

 

Ó Veneza oriental,
marítimo tesouro
de púrpura, de mármores e de ouro:
— em Portugal
rico só é o céu que nos cobre.

Portugal teve o Mundo — e ficou pobre. 

 

OS TÚMULOS

 

Até o fim do mundo. A grande amada
Escuta o adeus da grande voz sentida.

Santa e Rainha, aguarda aquela vida
Que só depois do fim é começada.

Pedra de sonho e dor, foste lavrada
Pela Saudade imensa aqui vivida;
Guarda a Saudade, pois, da despedida,
E a esperança da hora desejada.

 

Guarda a Saudade que jamais acaba,
Que o dia que há-de-vir, de amor contente,
Os que dormem aqui vão esperando.

E no fragor do mundo que desaba,
Hão-de acordar, sorrindo eternamente,
Os olhos um no outro enfim pousando.
 

 

 

IX

 

Leve, leve, o luar de neve
goteja em perlas leitosas,
o luar de neve e tão leve
que ameiga o seio das rosas.

E as gotas finas da etérea
chuva, caindo do ar,
matam a sede sidéria,
das coisas que embebe o luar.

 

A luz, oh sol, com que alagas,

Abre feridas, e a lua
ver por no lume das chagas
o beijo da pele nua.

 

*

VEJA e LEIA outros poetas de PORTUGAL em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/portugal/portugal.html

 

Página publicada em novembro de 2021

 

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar